ABSTRACT
Estimar idade óssea em pacientes é de suma importância para estabelecer um protocolo de tratamento adequado e ainda subsidiar outras análises e mesmo decisões de natureza administrativa, policial ou forense. A tomografia computadorizada por feixe cônico TCFC, dentre várias aplicações, pode ser um meio de obtenção de dados para estimativa de idade óssea em pacientes jovens. O objetivo do estudo foi, além de avaliar a acurácia do método de Baccetti et al. (2005) para obtenção do índice de maturação cervical (IMC) das vértebras cervicais C2, C3 e C4, obter por meio de medidas de área vertebral e intervertebral C2-C4 em plano sagital de tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC), uma fórmula de regressão que possa ser utilizada amplamente para a estimativa da idade entre 10 e 18 anos completos. Foram analisadas tomografias de 73 pacientes no intervalo etário de interesse, obtidas medidas de área em corpo de vértebra e espaços intervertebrais e estabelecidos índices IMC para cada um. Regressão linear simples foi realizada e duas fórmulas foram obtidas com poder explicativo de 59% da distribuição (R2) considerado o erro padrão de 1,3 anos (NC 95%). Em pós-teste considerada a margem de erro de 1,5 anos verificou-se um índice de acerto de 74% na predição da idade cronológica. Os dados de IMC obtidos neste estudo não foram satisfatórios e não demonstraram boa correlação com a progressão etária entre 10 e 18 anos de idade. Observados os propósitos e os limites deste trabalho, concluímos que a TCFC pode e deve ser utilizada para estimativa de idade óssea em indivíduos em crescimento.
Subject(s)
OsteoporosisABSTRACT
A osteoporose é uma doença sistêmica caracterizada pela perda de conteúdo mineral do osso propiciando fraturas críticas. A regeneração óssea guiada e a terapia de fotobiomodulação (PBMT do inglês photobiomodulation therapy) favorecem a regeneração óssea. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da PBMT no reparação óssea guiada de lesões críticas de 36 ratas com osteoporose induzida por ooforectomia. Foram realizadas lesões ósseas estandardizadas nos ossos parietais e então tratadas de acordo com os seguintes grupos experimentais (n=12 lesões por grupo): Controle: sem tratamento adicional; Membrana - Colocação de uma membrana de colágeno suíno comercial (Bio-Gide®) dentro do leito cirúrgico; PBMT1- membrana e aplicação da PBMT1; PBMT2- membrana e aplicação da PBMT2. A PBMT foi realizada com laser de diodo infravermelho no modo contínuo, pontual e em contato (808nm, 40mW, 1,42W/cm2; PBMT1: 3s, 4J/cm2, 0,12J por ponto e PBMT2: 10s, 14J/cm2, 0,4J por ponto) imediatamente, 48 e 96 horas após a cirurgia. Quatro e oito semanas após a cirurgia os animais foram eutanasiados, a calota craniana dissecada, fixada e submetida à análise por microtomografia computadorizada. Foram coletados os seguintes dados: volume ósseo relativo (razão entre o volume ósseo e o volume total), número, espessura e separação de trabéculas, conectividade por densidade e índice de estrutura de modelo (SMI do inglês structure model index). Os dados de cada análise foram comparados pelo teste ANOVA dois critérios/Tukey ou Kruskal Wallis/Dunn e os dados de análises diferentes pelo teste de correlação de Spearman (p<0,05). Diferenças significativas foram observadas em 8 semanas. A PBMT, em especial nos parâmetros de menor energia (0,12J), acelerou o reparo ósseo resultando na obtenção de maior volume ósseo, com grande número de trabéculas, de espessura média, próximas e interconectadas e com valores baixos de SMI. Dentro das limitações deste trabalho in vivo, concluímos que a PBMT acelera a formação e maturação do tecido ósseo neoformado em lesões ósseas críticas de ratas osteoporóticas.